Nela, funcionavam várias irmandades, entre as quais, a Irmandade de Nossa Senhora das Dores, que ansiava em ter sua própria capela. Fundada em 1801, a confraria foi reunindo fundos, até que, em 02 de fevereiro de 1807, foi assentada a pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora das Dores, entre a antiga Rua do Cotovelo, atual Rua Riachuelo, e a Rua da Praia, atual Rua dos Andradas.
Em estilo eclético, a igreja é uma importante referência histórica e cultural de Porto Alegre; a nível nacional, seu reconhecimento ocorreu em 1938, aproximadamente trinta anos após a conclusão da obra, quando o templo foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
Em 2022, recebeu diretamente do Papa Francisco o título de Basílica Menor, elevando ainda mais sua presença e importância na cidade de Porto Alegre e em todo o estado do Rio Grande do Sul.
Os aspectos formais e estilísticos de sua fachada, edifício e decoração nos apresentam um breve relato sobre o amálgama de influências artísticas que somaram-se nos anos de sua construção, não só as modificações das técnicas construtivas que foram transformando-se ao longo da história, mas também todas as camadas de pinturas que ornamentaram suas paredes e acrescentavam uma história à cada demão.
Assim, podemos afirmar que o templo foi moldado por uma variada rede de influências (lusitana, hispânica, alemã, italiana e, principalmente, nativa e brasileira) e, cada novo olhar do fiel, ou visitante, enriquece, pois traz consigo sua própria experiência.
A Basílica, ao longo de seus 100 anos de construção e mais de 215 anos de existência, está inteiramente ligada à história de Porto Alegre. Com sua arquitetura centenária, a igreja tornou-se patrimônio histórico e cultural, e merece ter sua história preservada.