Memorial das Dores

Século XIX

Bens Culturais

A Igreja Nossa Senhora das Dores possui um acervo de aproximadamente 2.000 mil itens, com objetos de diferentes tipologias: esculturas, pinturas, objetos litúrgicos, paramentos, livros e documentos.

Estes objetos de valor devocional, artístico e histórico, estão hoje documentados e organizados em um espaço dentro do edifício, destinados ao trabalho técnico e a pesquisa. Algumas das imagens inventariados compõem o espaço litúrgico, e estão à disposição do público para contemplação.

Em estilo eclético, a igreja é uma importante referência histórica e cultural de Porto Alegre; a nível nacional, seu reconhecimento ocorreu em 1938, aproximadamente trinta anos após a conclusão da obra, quando o templo foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Nossa Senhora das Dores

metade do século XIX

Encontra-se no Altar-mor da Igreja Nossa Senhora das Dores. É uma imagem em tamanho natural, considerada a peça central da igreja. Ela está envolta em um manto violáceo, e trata-se de uma escultura feita em madeira de roca, policromada e com carnação.

Senhor dos Passos

final do século XVIII

Encontra-se na reserva técnica da igreja. É uma imagem de procedência desconhecida, de madeira, com olhos de vidro e cabelo natural.

O grande crucifixo

1858

Encontra-se ao centro do Altar-mor da igreja. E uma escultura de madeira com policromia e carnação.

São João de Nepomuceno

Encontra-se ao lado esquerdo do observador no Altar-mor. Foi doada pelo Segundo Governador e Capitão-General da Capitania Geral de São Pedro, Marquês de Alegrete em 1818. Ele também foi protetor da Irmandade Nossa Senhora das Dores de 1815 a 1818. Trata-se de uma escultura de madeira, com policromia e carnação rósea.

São José

Encontra-se ao lado direito do observador no Altar-mor da igreja. Foi doada, em 1818, pelo Irmão benfeitor José Antônio de Araújo Ribeiro, fundador da Barra do Ribeiro e, posteriormente, Prior da Irmandade Nossa Senhora das Dores (1825–1826). É uma escultura de madeira, que apresenta policromia, olhos de vidro e carnação rósea. Traz no colo o Menino Jesus.

Nossa Senhora das Dores

Encontra-se em uma redoma, na entrada lateral da igreja. Esta imagem foi doada em 1820 por Rita de Mello Azevedo Coutinho, para substituir uma imagem de Nossa Senhora das Dores que havia sido queimada num incêndio que atingiu o Consistório, no ano anterior.

Imagem do Nosso Senhor Morto

Imagem de origem desconhecida, de madeira, carnação e braços articulados. Utilizada na cerimônia de crucificação na sexta feira santa. O nicho (esquife) para abrigar esta imagem foi feito em 1875, pelo artista Francisco Augusto Guimarães. A imagem, de origem desconhecida, possui braços articulados.

Sagrado Coração de Jesus e Sagrado Coração de Maria

1909

Localizadas abaixo do arco do cruzeiro, as duas imagens em gesso, originárias de Barcelona (Espanha), foram trazidas pela Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria – Padres Claretianos, que administraram os serviços religiosos da Igreja Nossa Senhora das Dores na primeira metade do século XX.

Sete Passos da Paixão de Cristo

É um conjunto de seis imagens de madeira esculpidas, e com policromia. O escultor é desconhecido, somente sabe-se que estas imagens vieram de Portugal, em 1871, e que foram encomendadas pelo Prior Jubilado da Irmandade Lopo Gonçalves Bastos. As imagens estão colocadas nos nichos laterais do templo. Estas imagens fazem da igreja um templo dedicado à paixão de Cristo e sua mãe dolorosa. Representam:

1) O Senhor do horto com o anjo
2) O Senhor da Prisão
3) O Senhor da Coluna de Flagelação
4) O Senhor da Pedra Fria
5) O Senhor da Cana Verde
6) O Senhor dos Passos
7) O Senhor crucificado, com Nossa Senhora das Dores aos pés da cruz, que preside o retábulo do altar-mor.

Cristo Rei

Em outubro de 1934, o casal Butler fez doação à paróquia de uma imagem de Cristo, sentado em seu trono como rei do universo. Esta imagem era levada em procissão anual, nos festejos de Cristo Rei, realizados no último domingo de outubro. Até 1945, esta procissão era encerrada na escadaria da igreja da Dores e nela tomavam parte fiéis de todas as paróquias da capital.

a história das

Restaurações

Desde a conclusão das obras, em 1904, a Igreja de Nossa Senhora das Dores, passou por diversas intervenções de caráter emergencial. Há registros de restaurações desde a década de 1920, e grandes intervenções nas Capelas laterais, e estruturais.

Na década de 1980, o estado de conservação da igreja era precário e com o apoio da comunidade e órgãos públicos, novas intervenções começaram a ser realizadas. Em 1980 parte do telhado e do forro sofreram intervenções emergenciais. Em 1996 foi restaurada a capela-mor, e em 1998, a escadaria. Em 2001 a paróquia dedicou esforços para a restauração do interior da Igreja com financiamentos via leis de incentivo estadual.

Neste período foram realizadas obras nas instalações elétricas e de telefonia. Em 2003 iniciaram-se as obras de restauração dos bens integrados (forro da nave, retábulos laterais, púlpitos, pinturas murais e parte do acervo de arte sacra).

A restauração do exterior da igreja foi financiada pelo Programa Monumenta, do Ministério da Cultura. As obras incluíram a restauração do telhado, torres e escadas de acesso, parte das esquadrias, pintura da fachada, troca do piso da nave principal, restauração do coro, e obras de acessibilidade, como rampas de acesso e banheiros para portadores de necessidades especiais.

 

Em 2017, incentivado pela Lei de Incentivo a Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, foi dado início à nova fase de restauração da igreja, que incluiu a recuperação dos Bens Integrados da Igreja das Dores – forro, capela-mor, altar-mor, pinturas murais da capela-mor, arco cruzeiro, portas laterais e tribunas da capela-mor; janelas e retábulo da Capela do Santíssimo; instalações da reserva técnica para guarda do acervo; instalação do PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndios); e a realização de obras de recuperação no telhado.

As pessoas que trabalharam para a realização e construção da Igreja de Nossa Senhora das Dores, assim como os pertences que esta possui, salvaguardados como parte do acervo, transformaram a história deste monumento em um processo humano de perpetuação da memória da cidade. Assegurar a conservação desta Igreja, por seu valor histórico e cultural, é garantir a preservação da própria história de Porto Alegre.

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Estacionamento

Vagas para mensalistas diurno, noturno, 24h e rotativo
Acesso pela rua Riachuelo, 600

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